segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

QUE VENHA 2013!

Não podemos esquecer de Drummond...

RECEITA PARA UM ANO NOVO...

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.


Que 2013 seja um ano de renovação e paz.
Beijos no coração,
Regina Karla

domingo, 9 de dezembro de 2012

As 12 tendências tecnológicas da educação brasileira até 2017

Estudo divulgado nesta semana pelo Horizon Report Brasil aponta potenciais ferramentas tecnológicas a serem usadas na educação no Brasil nos próximos 5 anos

Porvir |
Laboratórios móveis, redes, inteligências colaborativas, geolocalização, aprendizado baseado em jogos, conteúdo aberto. Achou essa lista futurista demais para ser usado em escala nas escolas do Brasil, públicas e privadas? Talvez ela não seja tão inalcançável assim. O sistema Firjan reuniu um grupo de 30 especialistas para analisar o estado do uso da tecnologia em práticas no país e fez prognósticos sobre quais ferramentas já estarão sendo usadas em escala em um horizonte de até cinco anos.
O estudo “As Perspectivas Tecnológicas para o Ensino Fundamental e Médio Brasileiro de 2012 a 2017: Uma Análise Regional do NMC Report”, divulgado nesta semana, identifica 12 tecnologias emergentes que têm potencial para impactar o ensino, além das dez principais tendências e os dez maiores desafios da educação brasileira.
Entre as 12 tecnologias apresentadas, quatro foram apontadas entre as que devem começar a fazer parte massivamente das salas de aula em menos de um ano: ambientes colaborativos, aprendizagem baseada em jogos e os dispositivos móveis representados por celulares e tablets; outras quatro estavam entre as que devem começar a ter seu uso mais frequente em dois ou três anos: redes, geolocalização, aplicativos móveis e conteúdo aberto; e mais quatro foram podem ser esperadas em um período de quatro ou cinco anos: inteligência coletiva, laboratórios móveis, ambiente pessoal de aprendizagem e aplicações semânticas. (Alguns desses termos podem ainda não estar claros, por isso o Porvir preparou um infográfico explicativo, confira abaixo).
Feito pela primeira vez no Brasil, o estudo insere um capítulo regional ao já tradicional Horizon Report, que anualmente faz previsões sobre o uso da tecnologia no universo educacional. O panorama global permitiu também comparações entre o contexto brasileiro e o internacional. Bruno Gomes, assessor de tecnologias educacionais do Sistema Firjan e participante tanto da pesquisa global quanto da nacional, ressalta alguns pontos em que nós nos distanciamos muito do mundo. “No Brasil, a gente já consegue ver o hardware, as coisas físicas em sala de aula, como o celular e o tablet. Mas falta a internet, então tudo que é feito na nuvem ou depende de uma rede boa e estabilizada vem depois”, diz.
Por isso, enquanto nos países ibero-americanos e na pesquisa global a computação em nuvem é uma realidade esperada em um ano, os especialistas brasileiros nem sequer apostaram nela para um panorama de até cinco anos. “Outra curiosidade é que, conteúdo livre, que já está acontecendo no mundo, ainda não vai acontecer no Brasil neste ano. O brasileiro ainda é apegado à autoria”, acrescenta Gomes.
Apesar das diferenças, alguns pontos são comuns em todas as partes do mundo, principalmente no que diz respeito aos desafios encontrados. “Formação de professores é um problema para o mundo”, ressalta Gomes. No relatório divulgado durante o evento Conecta 2012, que terminou hoje, os especialistas destacam também outra relevante coincidência entre o que esperam ver no Brasil e o que está posto no mundo. “Os 30 membros do conselho deste projeto concordaram com o conselho global em relação à tendência mais importante. Eles perceberam as portas se abrindo nas escolas de educação básica no Brasil para modelos de aprendizado híbrido e colaborativo”, afirmam os autores do relatório.
TECNOLOGIAS DE SALA DE AULA – ESPECIALISTAS INDICAM 12 FERRAMENTAS QUE ESTARÃO NAS ESCOLAS ATÉ 2017
1 ano ou menos – Polarização de dispositivos
Ambientes colaborativos
Espaços online que visam facilitar a colaboração e o trabalho em grupos. Nesse tipo de ambiente, a interação acontece independente de onde os alunos estejam
Aprendizagem baseada em jogos
Interação de jogos nas experiências educacionais; os benefícios têm se comprovado em desenvolvimento cognitivo, colaboração, solução de problemas e pensamento crítico
Celulares
Especialmente quando se fala em smartphones, são o ponto de convergência de muitas tecnologias; permitem acesso a um volume muito grande de informações na palma da mão
Tablets
Como os celulares, têm a facilidade da mobilidade e possibilitam aulas dentro e fora da escola. Dispositivos aumentam o leque de recursos pedagógicos
2 a 3 anos – Uso dos softwares
Redes
Investimento em banda larga para grandes eventos esportivos e o maior número de smartphones facilitam acesso rápido, barato e fácil a todos os tipos de informação
Geolocalização
Ferramentas recentes permitem a determinação da localização exata de objetos físicos, além da combinação com dados sobre outros eventos, objetos ou pessoas
Aplicativos móveis
Nova indústria de desenvolvimento de softwares cria um universo de novas possibilidades educacionais, com compartilhamento de descobertas em tempo real
Conteúdo aberto
Conteúdo disponibilizado gratuitamente, via web, dá acesso não apenas à informação, mas ajuda no desenvolvimento de habilidades de pesquisa, avaliação e interpretação
4 a 5 anos – Apropriação dos softwares
Inteligência coletiva
Conhecimento existente nas sociedades ou em grandes grupos. Como hoje a produção de conhecimento não é mais um monopólio, várias redes são criadas cotidianamente
Laboratórios móveis
A tecnologia facilitou que pesados equipamentos, antes disponíveis apenas em bons laboratórios de ciências pudessem ser inseridos em simples celulares
Ambiente pessoal de aprendizagem
Formado por uma coleção pessoal de ferramentas montadas para apoiar seu próprio aprendizado; lista é organizada de forma independente e é focada em objetivos individuais
Aplicações semânticas
Aplicativos que organizam informações de várias fontes e fazem associações entre elas, apresentando o resultado de forma atraente ao usuário
Fonte: Horizon Report (Brasil 2012)

domingo, 2 de dezembro de 2012

ESTUDO ANALISA INTERAÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS BRASILEIROS COM MÍDIAS DIGITAIS

Pesquisa 'Gerações Interativas' foi realizada pela Fundação Telefônica em parceria com Ibope e Escola do Futuro, da USP

29 de novembro de 2012 | 12h 55


Cristiane Nascimento, Especial para o Estadão.edu
As crianças e jovens brasileiros estão cada vez mais conectadas às telas e tecnologias digitais: 75% dos adolescentes entre 10 e 18 anos afirmam navegar na internet, enquanto entre as crianças de 6 a 9 anos esse índice é de 47%. Os dados fazem parte da pesquisa Gerações Interativas Brasil – Crianças e Jovens Diante das Telas, que foi apresentada nesta quarta-feira, 28, pela Fundação Telefônica Vivo no Auditório do Masp, na região central de São Paulo.
 - Reprodução
Reprodução
Em parceria com o Fórum Gerações Interativas, o Ibope e a Escola do Futuro da USP, a fundação pesquisou o comportamento da geração de nativos digitais brasileiros diante de quatro telas: TV, celular, internet e videogames. A coleta de dados ocorreu entre 2010 e 2011 junto a 18 mil crianças e jovens, com idades entre 6 e 18 anos. O Ibope ajustou a amostragem, baseado no Censo Escolar de 2007, e o conjunto válido de respondentes foi de 1.948 crianças e 2.271 jovens, pertencentes a um universo que abrange alunos de escolas do ensino público e privado, nas zonas urbana e rural de todas as regiões do País.
Esta é a segunda etapa de uma pesquisa iniciada em 2005. Na ocasião, o Brasil foi analisado dentro do contexto da região ibero-americana.“Desta vez, decidimos fazer um retrato exclusivo do País, para obtermos um panorama abrangente e crítico a respeito do contexto e das perspectivas das telas digitais no Brasil”, explica Françoise Trapenard, presidente da Fundação Telefônica Vivo.
Principais resultados
Do total dos pesquisados, 51% das crianças, de 6 a 9 anos, e 60% dos jovens e adolescentes, de 10 a 18 anos, declararam possuir computadores em casa, enquanto 38,8% das crianças e 74,7% dos jovens disseram ter celulares próprios. Já quanto à posse de games, 78,7% das crianças e 62,4% dos adolescentes entrevistados responderam positivamente. A TV é a tela predominante, com índices de penetração nos lares entre 94,5%, no caso das crianças, a até 96,3% para os jovens.
No entanto, diferenças socioeconômicas entre as regiões impactam na posse e no acesso às telas. A análise detalhada pelas macrorregiões geográficas do País evidenciou diferenças marcantes para os indicadores da inclusão digital dos jovens brasileiros. Observou-se que, enquanto a presença de computadores domésticos atingiu 70,4% das crianças do Sudeste e 55,1% para as residentes no Sul, no Norte e Nordeste estes índices retrocedem para 23,6% e 21,2%, respectivamente.
Diferentemente do que se observa para a maioria dos adultos que com ela convivem, a geração interativa redefine o uso das telas pela sua integração, convergência e multifuncionalidade. Desta forma, a internet é usada para tarefas escolares, compartilhar músicas, vídeos, fotos, ver páginas na web, utilizar redes sociais, bater papo e usar e-mail.  
Políticas públicas
De acordo com Lygia Pupatto, secretária de Inclusão Digital do Ministério das Comunicações, atualmente 52% da população brasileira não têm acesso à internet. O cenário agrava-se ainda mais quando se observa a distribuição dessa acessibilidade. Enquanto 96% da classe A possuem acesso à internet, apenas 35% da C têm esse privilégio e 5% das D e E. Vale lembrar que as classes C, D e E, juntas, somam cerca de 80% da população. "A exclusão digital segue o mesma lógica da exclusão social", diz Lygia. "Essa desigualdade, por sua vez, é muito mais maléfica, pois gera novos padrões de exclusão social, principalmente no que diz respeito ao acesso à informação e, consequentemente, ao exercício da cidadania", afirma.
Segundo a secretária, o governo federal tem alguns projetos para garantir a acessibilidade uma maior porcentagem da população. Um deles trata da redução da carga tributária de smartphones, o que, por sua vez, interferiria diretamente no preço final do produto. Lygia também destacou a importância de uma articulação com os governos estaduais e municipais e também com a academia.
Convergência
O celular representa a tela de convergência por excelência. Pela ordem, a geração interativa utiliza o aparelho para: falar (90% dos jovens); mandar mensagens (40%); ouvir música ou rádio; jogar; como relógio/despertador; como calculadora; fazer fotos; gravar vídeos; ver fotos/vídeos; usar a agenda; baixar arquivos; assistir TV; bater papo; e navegar na internet. "O celular é a mídia convergente, a que pode ser tratada como ganhadora", diz Françoise Trapenard, da Fundação Telefônica Vivo. "Entre as mídias interativas, é a mais simples, extremamente intuitiva e que pode ser levada para qualquer lugar, em qualquer momento."
40% dos jovens afirmaram que nenhum professor usa a web em aula e apenas 11% aprenderam a navegar com um educador. Por outro lado, 64,2% dos respondentes disseram que aprenderam a usar a internet sozinhos. “Trata-se de uma geração nascida a partir do final da década de 1990, período em que no Brasil as TIC (Tecnologias da Informação e da Comunicação) já se encontravam profundamente instaladas e arraigadas na vida cotidiana das famílias e, em maior ou menor grau, também nas escolas”, observa Brasilina Passarelli, coordenadora científica da Escola do Futuro.
Segundo a professora, a interação que os nativos digitais têm com as novas mídias não deve ser encarada com estranhamento ou hesitação. "Esse jovens estão reconstruindo uma relação com o conhecimento", diz. "O conceito de leitura que conhecemos, por exemplo, não existe mais, ao menos para as novas gerações, que foram criadas pelo hipertexto, onde a lineariedade não faz mais sentido algum."
Na opinião dela, é um erro tentar formatar os jovens e crianças da geração Z ao mundo que estávamos acostumados até 10, 15 anos atrás. "Temos de ter coragem de ousar, caso contrário, seremos afogados pelo real", diz Brasilina, referindo-se à adoção de TICs na educação.
A pesquisa estará disponível para download no site da Fundação Telefônica (www.fundacaotelefonica.org.br), inclusive com versão para tablets. 

Extraído: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,estudo-analisa-interacao-de-criancas-e-jovens-brasileiros-com-midias-digitais,966931,0.htm